Grupo Promotor de Estudos Espíritas - SP

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CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO

Parte 1 - Capítulo 22

Obsessão - Sintomas iniciais da obsessão


Apresentamos exemplos de algumas das causas que podem dar origem à obsessão e, agora, falaremos dos sintomas que podem surgir quando começamos a ser influenciados por Espíritos mal intencionados e que conseguem nos atingir por termos defeitos morais.

Quando o Espírito começa a projetar seu pensamento sobre a nossa mente, com a intenção de nos influenciar e dominar, é comum:

--------- Termos crises de angústia, com vontade quase incontrolável de chorar;

--------- Sentirmos um nervosismo intenso, sem motivo, ou um medo indefinível, sem causa justificável;

--------- Sentirmos vontade de nos isolar de todos, fugindo ao convívio de pessoas que normalmente estimamos;

--------- Ao acordar, depois de uma noite mal dormida, repleta de sonhos esquisitos e dos quais nem sempre nos lembramos, termos a impressão nítida de que vai nos acontecer alguma coisa grave, naquele dia;

--------- Ficarmos com medo de dirigir automóvel porque sentimos, continuamente, a impressão de que vamos sofrer um acidente;

--------- Termos o pressentimento, renovado dia a dia, de que alguém que estimamos vai morrer;

--------- Termos o pressentimento de que uma criança, de nossa família, vai desaparecer e que não será mais encontrada, etc.

Com isto, com essa influenciação, o obsessor descontrolará o nosso sistema nervoso e, por vivermos angustiados, aturdidos, e sentir que existe um turbilhão de problemas sufocando-nos, passamos a dedicar toda a nossa atenção a esses problemas íntimos.

Vamos, então, progressivamente nos introvertendo, como que voltando-nos para dentro de nós mesmos, isolando-nos voluntariamente de tudo e de todos que nos cercam.

Por exemplo, podemos chegar ao ponto de fazer uma viagem de ônibus e, de tão engolfados em nossos próprios pensamentos, não vermos nada durante o trajeto. Andarmos pelas ruas, quase como autômatos, olhando sem ver nada do que existe em nosso caminho.

É exatamente isso que o obsessor deseja: isolar-nos mentalmente para poder exercer o seu domínio sobre a nossa mente. Nessa fase da influenciação, dificilmente conseguiremos fazer preces, porque o nosso pensamento é continuamente entrecortado pelos pensamentos do obsessor.

Afetado o domínio de nossas emoções, em qualquer incidente comum, sem nenhuma importância, que aconteça entre nós e nossos familiares ou amigos, ficamos inteiramente à mercê do obsessor, que irá nos influenciar para criarmos uma antipatia profunda, entre nós e aqueles que eventualmente poderiam nos auxiliar a nos libertarmos dele, o obsessor.

Surgindo um pequeno incidente, que pode ter sido, inclusive, criado pelo próprio obsessor, ele nos envolve em vigorosas vibrações mentais de irritação e, como já estamos abalados emocionalmente, somos levados a discutir violentamente com aquelas pessoas.

Durante a discussão essas pessoas, irritadas, vibram contra nós e, com isto, ficamos mais sujeitos à influenciação do obsessor.

Se, para felicidade nossa, conseguirmos, depois de passada aquela crise e serenados os ânimos, fazer uma análise dos acontecimentos, veremos que, ao surgir o incidente comum, que normalmente seria contornado e esquecido, parece que "alguma coisa" nos alertou mentalmente para tomarmos cuidado com o que poderia acontecer.

Mas, ao mesmo tempo, parece que uma onda de calor estranho nos envolvia, dominava o nosso raciocínio, atordoava-nos e nos subjugava. Dava a impressão que estávamos somente observando alguma coisa que ia acontecer e da qual participaríamos. E, quando começamos a falar, com violência, contra nossos familiares ou amigos, tínhamos a impressão de que não éramos nós somente que falávamos, porque permanecia a sensação de estarmos presenciando um acontecimento.

Mas notemos bem: terminado aquele incidente, acalmados os ânimos, o obsessor continuará nos influenciando para não esquecermos as sensações desagradáveis que sentimos quando, durante a discussão, alguém nos ofendeu.

O obsessor martelará a nossa mente com as palavras ofensivas que tenham sido pronunciadas e, mesmo que façamos força para esquecer, ele continuará insistindo.

Esse fenômeno é muito interessante de ser observado, porque a pessoa visada pelo obsessor vai notar que não consegue pensar no que deseja porque um pensamento estranho interfere e penetra em sua mente.

O obsessor, para atingir seus objetivos, poderá usar ainda outras técnicas, como a de nos estudar, descobrir quais os vícios ou defeitos morais que trazemos como que adormecidos em nosso íntimo e, por exemplo, se descobrir que nesta ou em existências anteriores, tivemos o vício do jogo ou da bebida, ou qualquer outro, procurará os influenciar fortemente para reincidirmos nos erros que já tivermos cometido.

Em resumo, o obsessor fará tudo que lhe for possível e permitido para nos prejudicar e, se perceber que sozinho não consegue nos atingir, irá procurar outros Espíritos maus para que o auxiliem na tarefa maligna.




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