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CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO

Parte 2 - Capítulo 27

O Evangelho, segundo o Espiritismo


Deixamos a apresentação do "Evangelho, segundo o Espiritismo", para o fim do Curso de Espiritismo por Correspondência, partindo do pressuposto de que o término do Curso é o início de uma caminhada pela eternidade, em busca ininterrupta do aperfeiçoamento espiritual.

E, no Evangelho do Mestre, encontraremos sempre a diretriz para nortear nossas vidas, se adotarmos os ensinamentos de Jesus como norma de conduta, como o nosso estilo de vida.

Na introdução do "Evangelho, segundo o Espiritismo", Allan Kardec explica que podem dividir-se em cinco partes as matérias contidas nos Evangelhos escritos pelos quatro evangelistas - Lucas, Mateus, Marcos e João - e que são divididas assim: os atos comuns da vida do Cristo; os milagres; as predições; as palavras que foram tomadas pela Igreja para fundamento de seus dogmas; e o ensino moral.

As quatro primeiras têm sido objeto de controvérsias; a última, porém, o ensino moral, conservou-se constantemente inatacável.

É terreno onde todos os cultos podem reunir-se; estandarte sob o qual podem todos colocar-se, quaisquer que sejam suas crenças, porquanto jamais ele constituiu matéria das disputas religiosas, que sempre e por toda a parte se originaram das questões dogmáticas.

Consideremos agora outro aspecto: muitos pontos dos Evangelhos, da Bíblia e dos autores sacros em geral são ininteligíveis, parecendo alguns até disparatados, por falta de chave que faculte se lhes aprenda o verdadeiro sentido.

Essa chave está completa no Espiritismo, como já o puderam reconhecer os que o têm estudado seriamente e como todos, mais tarde, ainda melhor o reconhecerão.

O Espiritismo se nos depara por toda a antiguidade e nas diferentes épocas da Humanidade.

Por toda a parte se lhe descobrem os vestígios: nos escritos, nas crenças e nos monumentos.

Essa a razão por que, ao mesmo tempo que rasga horizontes novos para o futuro, projeta luz não menos viva sobre os mistérios do passado.

O "Evangelho, segundo o Espiritismo", é assim denominado porque, como complemento de cada preceito evangélico, constam nele algumas instruções escolhidas dentre as que os Espíritos ditaram em vários países e por diferentes médiuns.

Se essas instruções fossem tiradas de uma fonte única, teriam talvez sofrido uma influência pessoal e do meio, enquanto a diversidade de origem prova que os Espíritos dão indistintamente seus ensinos e que ninguém a respeito goza de qualquer privilégio.

Essa obra é para uso de todos. Dela podem todos haurir os meios de conformar, com a moral do Cristo, o respectivo proceder.

Aos espíritas oferece aplicações que lhes concernem de modo especial. Graças às relações estabelecidas, doravante e permanentemente, entre os homens e o mundo invisível, a lei evangélica, que os próprios Espíritos ensinaram a todas as nações, já não será letra morta; porque cada um a compreenderá e se verá incessantemente compelido a pô-la em prática, a conselho de seus guias espirituais.

As instruções que promanam dos Espíritos são, verdadeiramente, as vozes do céu, que vêm esclarecer os homens e convidá-los à prática do Evangelho.

O convite para praticarmos o Evangelho foi feito. Aceitar ou recusar é decisão individual.

Meditemos no que o Espírito Verdade fala no prefácio do "Evangelho, segundo o Espiritismo" e que transcrevemos, para que possamos nos decidir:

"Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imenso exército que se movimenta ao receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos. Eu vos digo, em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos.

As grandes vozes do Céu ressoam como sons de trombetas e os cânticos dos anjos se lhes associam.

Nós vos convidamos, a vós homens, para o divino conserto. Tomai da lira, fazei uníssonas vossas vozes e que, num hino sagrado, elas se estendam e repercutam de um extremo a outro do Universo.

Homens, irmãos a quem amamos, aqui estamos junto de vós.

Amai-vos, também, uns aos outros e dizei, do fundo do coração, fazendo as vontades do Pai, que está no Céu: Senhor! Senhor! ... E podereis entrar no Reino dos Céus".



Referência bibliográfica:
O Evangelho, segundo o Espiritismo - introdução e prefácio




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