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CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO

Parte 2 - Capítulo 26

Aborto


Transcrevemos do "Livro dos Espíritos" - parte segunda - capítulo VII - as perguntas nos. 357 a 359:

--------P - Que consequência tem, para o Espírito, o aborto?

--------R - É uma existência nulificada e que ele terá de recomeçar.

--------P - Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período da gestação?

--------R - Há crime sempre que transgredis a Lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida de uma criança antes do nascimento, porque impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.

--------P - Dado o caso que o nascimento da criança pusesse em perigo a vida da mãe, haverá crime em sacrificar-se a primeira para salvar a segunda?

--------R - Unicamente nesse caso, é preferível se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se o que já existe.

Notemos bem a gravidade da prática do aborto: somente é permitida a sua prática para salvar a vida da mulher em cujo ventre foi gerada uma criança, se isto for aconselhado por um médico consciencioso do seu dever profissional e que encare a sua profissão como um verdadeiro sacerdócio e não exclusivamente como um meio de ganhar dinheiro. Felizmente, parece que a grande maioria dos médicos pode ser enquadrada nesta situação, de serem conscienciosos e honestos no desempenho de sua profissão, embora nem todos possam, em sã consciência, ser considerados também como apóstolos da medicina.

Em qualquer outra hipótese, a prática do aborto é considerada pela Lei Divina como um crime, um assassínio e, no caso, um infanticídio, com a agravante de matar-se um ser humano negando-se a ele o direito de defender-se mesmo porque, vivendo ainda no ventre de sua mãe, não tem possibilidade de fazer com que ouçamos sua voz, pedindo que o socorram para não ser assassinado, implorando que, pelo amor de Deus, lhe permitam também vir viver aqui na Terra.

São responsáveis também, pelo crime do aborto, todas as pessoas que colaboram para que o assassínio seja consumado, tais como: o pai da criança, as vizinhas da mãe do assassinado, a sogra, as amigas, as comadres, as tias, a parteira, o médico; enfim, todas as pessoas que, de qualquer forma, colaborem para que o aborto seja praticado.

E, notemos bem, são responsáveis perante Deus, mesmo que procurem justificar-se mutuamente por induzirem a mãe a praticar aquele crime contra o filho que carrega no ventre.

É responsável também, por prática de aborto, a mulher que, ao perceber estar grávida e não desejando ter o filho, começa deliberadamente a praticar atos que sabe poderão fazê-la abortar. Inclui-se, nestes casos, a rejeição mental contra o filho.

No caso das mulheres não casadas que ao ficarem grávidas procuram abortar, justificando-se não desejarem expor-se aos comentários da "sociedade", será que em holocausto a essa tal "sociedade", quase que totalmente depravada, que condena a mulher que errou mas endeusa o homem que a conduziu ao erro, classificando-o como "machão" e conquistador, será que, repetimos, vale a pena assassinar uma criança que, no futuro, se lhe permitirem viver, poderá ser um verdadeiro amigo e protetor de sua mãe?

Em suma, o Espírito que teve a oportunidade concedida por Deus, de que um corpo fosse gerado no ventre de uma mulher para que ele venha a viver na Terra tem, indiscutivelmente, o direito de nascer.

Se quando nós fôssemos nascer, nossas mães tivessem praticado o aborto, impedindo-nos de vir à Terra, provavelmente teríamos ficado perturbados, cheios de revolta e de ódio, e ainda estaríamos "comendo lama" no umbral.

Para nos conscientizarmos de vez quanto à gravidade da prática do aborto, recapitulemos as lições nos. 06 a 11, da Série A, que versam sobre os mecanismos das reencarnações e veremos que todos os renascimentos de Espíritos demandam, dos benfeitores espirituais, um trabalho muito grande de preparação do reencarnante e de seus futuros pais, para que se aceitem mutuamente; para que, quando estiverem vivendo na Terra, quebrem as algemas do ódio que os jugulava e as substituam pelos elos do amor, para que possam viver em paz e felizes.

Observemos bem um detalhe importantíssimo: desde o instante em que o óvulo é fecundado pelo espermatozóide, ao óvulo é ligado o Espírito reencarnante, para que influencie, modele mesmo, o corpo físico que para ele está sendo gerado no ventre de sua futura mãe. Portanto, em qualquer período em que o aborto venha a ser praticado, um ser vivo, tão vivo e humano como nós mesmos, estará sendo expulso de seu "corpo" o que, em última análise, na terminologia usada pelos homens na Terra, equivale a um assassínio e, no caso, a um infanticídio.

Meditemos profundamente em nossas responsabilidades espirituais e procedamos de forma a suavizar e não de complicar o nosso destino.




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