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CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO

Parte 2 - Capítulo 16

Deus


Há um Deus, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.

A prova da existência de Deus temo-la neste axioma: "Não há efeito sem causa".

Vemos, constantemente, uma imensidade de efeitos, cuja causa não está na Humanidade, pois que a Humanidade é impotente para produzi-los, ou sequer para explicá-los.

A causa está acima da Humanidade. É a essa causa que se chama Deus - Jeová - Alá - Brama - Fo-hé - Grande Espírito, etc.

Tais efeitos, absolutamente, não se produzem ao acaso, fortuitamente e em desordem. Desde a organização do mais pequenino inseto e da mais insignificante semente, até a lei que rege os mundos que circulam no espaço, tudo atesta uma idéia diretora, uma combinação, uma previdência, uma solicitude que ultrapassam todas as condições humanas. A causa é, pois, soberanamente inteligente. Deus é eterno - imutável - imaterial - único - onipotente - soberanamente justo e bom.

Deus é eterno: se tivesse tido começo, alguma coisa houvera existido antes Dele, ou Ele teria saído do nada ou, então, um ser anterior o teria criado. É assim que, degrau a degrau, remontamos ao infinito na eternidade.

É imutável: se estivesse sujeito a mudança, nenhuma estabilidade teriam as leis que regem o Universo.

É imaterial: sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria pois, do contrário, Ele estaria sujeito às flutuações e transformações da matéria e, então, já não seria imutável.

É único: se houvesse muitos deuses, haveria muitas vontades e, nesse caso, não haveria unidade de vistas, nem unidade de poder na ordenação do Universo.

É onipotente: porque é único. Se ele não dispusesse de poder soberano, alguma coisa ou alguém haveria mais poderoso do que Ele, não teria feito todas as coisas e as que Ele não houvesse feito seriam obra de outro Deus.

É soberanamente justo e bom: a sabedoria das leis divinas se revela nas mínimas coisas como nas maiores e essa sabedoria não permite se duvide nem da sua justiça nem da sua bondade.

É infinito em todas as suas perfeições: se supuséssemos imperfeito um só dos atributos de Deus, se lhe tirássemos a menor parcela de eternidade, de imutabilidade, de imaterialidade, de unidade, de onipotência, de justiça e de bondade, poderíamos imaginar um ser que possuísse o que lhe faltasse e esse ser, mais perfeito do que Ele, é que seria Deus.



Referência bibliográfica:
Obras Póstumas - primeira parte - capítulo X - ítens 1,2 e 3




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