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CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO

Parte 2 - Capítulo 02

Allan Kardec - O Codificador do Espiritismo


Como, durante este Curso de Espiritismo, faremos referências a Allan Kardec, citando-o como sendo o Codificador do Espiritismo, consideramos ser necessário sabermos alguma coisa sobre ele e, por isso, apresentamos aqui um rápido esboço de sua biografia.

Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec) nasceu em Lyon, França, a 03 de outubro de 1804. Filho de uma antiga família que se distinguia na magistratura e na advocacia, não seguiu essas carreiras por sentir-se, desde a primeira juventude, inclinado ao estudo das ciências e da filosofia.

Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdun (Suíça), tornou-se um dos mais eminentes discípulos desse célebre professor, cujo sistema de educação exerceu grande influência na reforma do ensino na França e na Alemanha.

Concluindo seus estudos em Yverdun, voltou para a França e, conhecendo profundamente a língua alemã, traduzia para a Alemanha obras de educação e de moral, inclusive as obras de Fénelon, que o seduziam de modo particular.

Em 1824 publicou seu primeiro livro didático, seguido de muitos outros. Preocupado com os problemas da educação pública, propôs ao governo a criação de uma escola teórica e prática de pedagogia, nos moldes das escolas de Direito e de Medicina.

Ali se estudaria, escreve ele, tudo o que diz respeito à arte de formar o homem. Interessava-se, particularmente, pela educação moral da juventude, "a única capaz de transformar a criança de hoje em um cidadão justo e homem caridoso".

Era membro de várias sociedades sábias, entre outras, da Academia Real de Arras.

Em 1832 casou-se com Amélie Boudet, professora.

De 1835 a 1840 fundou, em sua casa, cursos gratuitos de Química, Física, Anatomia Comparada, Astronomia, etc.

Em 1854 começou a assistir sessões Espíritas, tomando nota das comunicações dos Espíritos, para sua instrução pessoal mas, ao perceber quanto o conhecimento do mundo dos Espíritos beneficiaria a Humanidade e a importância que teria para levar o homem a proceder à sua própria reforma moral, começou a pensar em transformar as anotações em um livro.

Decidiu-se de vez ao receber uma comuncação de seu guia espiritual, que atendia pelo nome de Espírito Verdade, informando a ele, Hippolyte Léon Denizard Rivail, que sobre seus ombros fora colocada a tarefa de difundir aqueles conhecimentos, que assumiriam projeção tal que ele, Rivail, estava longe de suspeitar.

O Espírito Verdade informou-o, também, que lhe daria toda a assistência e orientação que se fizesse necessária para a boa desincumbência daquela tarefa.

Rivail, então, adotou o pseudônimo "Allan Kardec", como é mais conhecido no meio espírita, para todos os seus trabalhos relacionados com a Doutrina Espírita. Esse nome, Allan Kardec, já o usara quando, em encarnação anterior, vivera na Terra, no tempo dos Druídas.

Por receber assistência e orientação permanentes do Espírito Verdade, para escrever os livros básicos da Codificação, Kardec declara que o Livro dos Espíritos não é obra sua, mas dos Espíritos aos quais ele, Kardec, prestou sua colaboração, quase como se fosse um simples secretário.

Os livros que constituem a Codificação do Espiritismo são os seguintes:

--------1 - O "Livro dos Espíritos", editado em 18 de abril de 1857;

--------2 - O "Livro dos Médiuns", editado em 15 de janeiro de 1861;

--------3 - O "Evangelho Segundo o Espiritismo", editado em abril de 1864;

--------4 - "O Céu e o Inferno", editado em 1865, e

--------5 - "A Gênese, os Milagres e as Predições", editado em 1868.

A 1° de janeiro de 1858, Kardec lançou a Revista Espírita e, em abril de 1858, fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.

Em 1859 editou os livros introdutórios ao estudo do Espiritismo: "O Principiante Espírita" e, depois, o livro "O que é o Espiritismo".

Allan Kardec desencarnou em 31 de março de 1869, na cidade de Paris.

Em 1890, depois do desencarne de Kardec, foi editado o livro "Obras Póstumas", utilíssimo para os estudiosos do Espiritismo.

Allan Kardec adotou para o Espiritismo a divisa: "Fora da Caridade não há salvação".

E, em o "Evangelho Segundo o Espiritismo", escreveu: "Não há fé inabalável, senão a que pode encarar face a face a razão, em todas as épocas da Humanidade".

À fé, uma base se faz necessária e essa base é a inteligência perfeita daquilo em que se tem de crer.

Para crer não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender.

A fé cega já não é para este século.

É precisamente ao dogma da fé cega que se deve ter, hoje, tão grande o número de incrédulos, porque ela quer se impor e exige a abolição de duas das mais preciosas faculdades do homem: o raciocínio e o livre arbítrio.

Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, desencarnou em 31 de março de 1869.




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