Parte 2 / Capítulo 02 (página anterior) | ÍNDICE | Parte 2 / Capítulo 04 (próxima página) |
A história registra inúmeros fatos que comprovam terem os homens sempre acreditado na existência dos Espíritos e na possibilidade deles poderem se comunicar com os homens.
Para conhecimento dos alunos deste Curso de Espiritismo citaremos alguns destes fatos, indicando as fontes onde os colhemos para que, com a indicação bibliográfica, aqueles que assim desejarem poderão se aprofundar nessas pesquisas.
1° fato
Bíblia - Antigo Testamento - Deuteronômio, capítulo 18, versículos 9 a 11:
- Moísés, preservando o uso da mediunidade para que fosse utilizada somente para fins elevados, proíbe que se consulte os mortos, através de adivinhos e feiticeiros:
"Quando entrares na Terra que o Senhor teu Deus te der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos; não se achará, entre vós, quem faça passar pelo fogo o seu filho ou sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos."
2° fato
Posteriormente Moisés, mesmo aprovando o uso da mediunidade para fins elevados, elogia médiuns e afirma: Oxalá todo o povo de Israel fosse profeta.
Bíblia - Antigo Testamento - Números, capítulo 11, versículos 26 a 29:
"No arraial ficaram dois homens; um se chamava Eldade e outro Medade. Repousou sobre eles o Espírito e profetizavam no arraial.
E, então, correu um moço para Moisés e disse: Eldade e Medade profetizam no arraial.
Porém Moisés lhe disse: Oxalá todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu Espírito!"
3° fato
Bíblia - Antigo Testamento - Samuel I, cap. 28, v. 1 a 25
Saul, que fora sagrado pelo profeta Samuel, como primeiro rei de Israel, estava acostumado a aconselhar-se com o profeta, sempre que surgiam situações difíceis.
Quando os israelitas foram atacados pelos filisteus, Saul sentiu necessidade dos conselhos de Samuel e, como este já havia falecido, recorreu a uma médium, residente em En-Dor para, através de sua mediunidade, falar com o Espírito de Samuel.
Mas Saul, o rei, havia também proibido consultas a mortos e, inclusive, expulsara daquelas regiões todos os médiuns conhecidos.
Portanto disfarçou-se, vestindo roupas diferentes e, durante a noite, foi à procura da médium e lhe disse: Peço-te que me adivinhes, pela necromancia, e me faças subir aquele que eu te disser. E, quando a mulher disse ter medo, porque consultas a mortos haviam sido proibidas pelo Rei, Saul, que não fora reconhecido, garantiu que nada lhe aconteceria.
Confiando na promessa, a mulher pergunta com que ele desejava falar e evoca, então, o Espírito de Samuel.
Quando Samuel se manifesta, através da vidência, a médium reconhece, também, que o visitante que pedira para falar com Samuel era Saul, o rei de Israel, que a tranquiliza, garantindo que nada de mal lhe aconteceria, por estar evocando os mortos.
N.B.: Transcreveremos o diálogo do Rei com a médium e com o Espírito, diálogo feito também através da médium.
Saul pergunta: O que vês?
"Vejo um Deus que sobe da terra".
- Como é a sua figura?
"Vem subindo um ancião e está envolto numa capa". Entendendo Saul que era Samuel, inclinou-se com o rosto em terra e se prostou.
Samuel disse a Saul: Por que me inquietaste, fazendo-me subir?
Responde Saul: Mui angustiado estou, porque os filisteus guerreiam contra mim.
Resumindo: Saul é repreendido pelo Espírito Samuel e advertido que perderia não somente a próxima batalha em que se empenhasse contra os filisteus, mas que também morreria durante o combate e isso veio a acontecer.
4° fato
História do Espiritismo - Arthur Conan Doyle - capítulo I
Emmanuel Swedenborg é considerado como um dos modernos precursores do Espiritismo. Provou a existência e comunicação dos Espíritos.
Engenheiro de minas e autoridade em metalurgia, física, astronomia, foi zoologista e anatomista, financista e político, autor de importantes trabalhos sobre as marés e a determinação de latitude. Finalmente, era um profundo conhecedor da Bíblia.
Seu desenvolvimento psíquico ocorreu quando tinha 25 anos de idade, em 1744 e perduraram durante 27 anos, até o dia de sua morte.
Durante todo esse período teve visão permanente do mundo espiritual, que descrevia com clareza, tanto quanto os melhores médiuns da atualidade podem fazer.
Eis como ele descreve o desabrochar de sua mediunidade:
"O mundo dos Espíritos, do céu e do inferno, abriu-se convincentemente para mim e aí encontrei muitas pessoas de meu conhecimento e de todas as condições. Desde então, diariamente, o Senhor abria os olhos de meu Espírito para ver, perfeitamente desperto, o que se passava no outro mundo e para conversar, em plena consciência, com anjos e Espíritos.
Parte 2 / Capítulo 02 (página anterior) | ÍNDICE | Parte 2 / Capítulo 04 (próxima página) |