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CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO

Parte 1 - Capítulo 08

Reencarnação - Preparação para o reencarnante


Para que o reencarnante possa conquistar valores espirituais na nova existência terrena, os guias de reencarnação tomam inúmeras providências, entre elas a de planejarem o corpo físico que ele deverá usar, se feio, bonito, forte, fraco, etc ..., dentro da concepção humana, quanto a estes valores.

Prevêem, também, quais as principais enfermidades que, em caráter de resgate, deverá suportar, considerando-as como válvulas de contenção para o reencarnante.

E, dentro da programação geral, estabelecem que essas enfermidades surgirão na vida terrena do Espírito, nas épocas mais apropriadas para, de alguma forma, lhes serem úteis à evolução espiritual.

E estas enfermidades, como válvulas de contenção, resultando em limitações físicas, muitas vezes impedem que o Espírito, quando reencarnado, reincida em erros que cometera em vidas anteriores.

Determinam, também, quanto tempo deverá viver na Terra, em condições normais de existência, correndo por conta do reencarnante a responsabilidade de abreviar a vida, pelo uso inadequado do aparelho físico.

Estabelecem qual o grau de inteligência de que poderá fazer uso, limitando a sua capacidade intelectual durante a existência, por providências aplicadas sobre o aparelho cerebral que o reencarnante usará, quando encarnado na Terra.

E, com o mesmo objetivo, de fazer que o reencarnante não possa utilizar-se de seus meios de comunicação para prejudicar seus semelhantes, como talvez tenha feito em existências anteriores, estabelecem limites para o uso da palavra, da gesticulação, etc ...

E, também, quanto ao que na Terra chamamos de magnetismo pessoal, que torna as pessoas atraentes, se necessário providenciam restrições, facilitando ao reencarnante manter-se dentro do programa de realizações espirituais planejadas para ele.

Depois decidem no seio de que raça, se branca, negra ou amarela, deverá renascer. Em que nível social e situação econômica e, também, quanto à possibilidade de elevar-se com o esforço próprio, ou por "sorte", do meio em que for colocado.

Planejam, também, quanto às facilidades ou dificuldades que deverá encontrar para frequentar escolas que lhe aprimorem o intelecto ou se, em seu próprio benefício, deverá permanecer dentro de limites mais rígidos, no que concerne a qualquer conquista considerada material.

Os guias da reencarnação providenciam, também, quanto às vocações profissionais que ele deverá sentir com mais intensidade e, posteriormente, lhe proporcionam a oportunidade de exercê-las para que, no exercício dessas profissões, tenha a possibilidade de reencontrar-se com antigos companheiros de existências anteriores.

O exercício de uma determinada profissão, para a qual tenha se encaminhado por "acaso" (e o acaso não existe na criação divina) servirá, também, para moldar ou burilar a personalidade e o caráter do reencarnante.

Finalmente, considerando que o lar, na Terra, é um santuário, um cadinho remodelador das almas submetidas ao fogo das provações terrenas; um refúgio e um oásis, mas também, às vezes, uma prisão, os guias responsáveis pelo planejamento daquela reencarnação estudam, com particular interesse, quais os outros Espíritos que, reencarnando juntos, deverão constituir aquela futura família na Terra.

Estudam, então, quem deverão ser os futuros pais do reencarnante, seus irmãos, filhos, esposa e demais parentes consanguíneos, levando em consideração a sua necessidade mais urgente de rearmonizar-se com determinados Espíritos.

Adotam, como regra geral, que os parentes mais próximos do reencarnante devem ser aqueles aos quais esteja mais ligado por compromissos do passado.

Atendidas as principais necessidades do reencarnante, programam o seu treinamento, para que renasça preparado para ser bem sucedido e possa, finda a existência terrena, retornar ao mundo espiritual na situação de completista, ou seja, de Espírito que cumpriu com êxito todo o programa.

Ele é, então, encaminhado às escolas no mundo espiritual, onde recebe lições teóricas de evangelização e de técnica de comportamento cristão, para quando se encontrar diante de situações difíceis na Terra.

Terminado o curso teórico, para que possa praticar o que aprendeu teoricamente, é registrado como membro auxiliar de equipes de socorro, com as quais desce à Terra em tarefas de amparo aos homens quando estes, em prece, pedem o auxílio de Deus e a presença dos emissários divinos.

E então o reencarnante, como um dos emissários divinos, participando da equipe de socorro, colabora para o atendimento à prece que fora feita, dentro dos limites permissíveis para cada caso.

Este seu trabalho, como membro de equipes socorristas, tem dupla finalidade. A primeira é permitir-lhe trabalhar como servo de Jesus, em sua seara, com o que vai conquistando bens espirituais e a amizade de outros Espíritos bons. A segunda finalidade, e não menos importante, é a de solidificar em seu próprio íntimo a fé, a confiança absoluta na bondade divina e a certeza de sua proteção permanente.

Assim, quando reencarnado na Terra, esquecido temporariamente do passado, mas conservando como lembrança intuitiva todo o acervo de conhecimentos conquistados, for visitado pela adversidade e, em desespero, elevar seu coração em preces ao Criador, terá a confiança absoluta, a fé inabalável, de que o socorro virá.

Talvez não possa conseguir entender, conscientemente, o porque dessa confiança absoluta na vinda do socorro divino, mas terá sempre a certeza de que, por maiores que sejam os problemas nos quais esteja envolvido, algo acontecerá em seu favor e tudo terminará bem.




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