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CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO

Parte 1 - Capítulo 19

Obsessão - Fascinação


Dissemos, no primeiro capítulo sobre este tema, que a obsessão pode também manifestar-se como fascinação, que estudaremos agora.

A fascinação é uma ilusão produzida pela ação direta de um Espírito mau sobre a mente de uma pessoa com o que, de certa maneira, lhe controla o raciocínio.

Essa influência sobre o pensamento da pessoa pode ser total ou somente parcial, controlando o raciocínio quanto às coisas em que queira influenciá-la.

O fascinado não percebe que está sendo manobrado por um Espírito, porque este providencia para mantê-lo afastado de qualquer pessoa que possa esclarecê-lo e, principalmente, ajudá-lo a libertar-se do fascinador.

Em virtude da ilusão mental em que o Espírito mau mantém o fascinado, ele o conduz como a um cego, e pode levá-lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias mais falsas, como se fossem a única expressão da verdade.

E, ainda mais, pode levá-lo a situações ridículas, comprometedoras e até perigosas. Quando a fascinação é exercida sobre um médium, este não acredita que o estejam enganando, porque o Espírito fascinador tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que fala ou escreve, ainda que esse absurdo salte aos olhos de toda a gente.

A ilusão pode, mesmo, ir até o ponto de fazê-lo achar sublime a linguagem mais ridícula. O Espírito fascinador é sempre mau, ardiloso e, principalmente, profundamente hipócrita, porque quando o influenciado é um médium, para ser acolhido e inspirar confiança cega, apresenta-se como visto pela vidência do médium fascinado, com uma máscara plasmada com matéria fluídica, a qual lhe dá um falso aspecto de bondade e de virtude.

Os grandes termos: Caridade - Humildade - Amor a Deus, etc, lhe servem como que de carta de crédito, porém, através de tudo isso, deixa passar sinais de inferioridade, que só o fascinado é incapaz de perceber.

Por isso mesmo, o que o fascinador mais teme, são as pessoas que vêem claro. Daí consistir a sua tática, quase sempre, em inspirar ao médium o afastamento de quem quer que lhe possa abrir os olhos.

Por esse meio, evitando toda contradição, fica certo de ter sempre razão.

Obs.: Recordemos, mais uma vez: a obsessão, em seus vários aspectos, surge sempre em consequência da imperfeição moral do obsediado e, no caso supra, do fascinado.




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