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CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO

Parte 1 - Capítulo 17

As origens das obsessões


A palavra obsessão é um termo genérico pelo qual se indica que uma pessoa está sendo influenciada por um Espírito mau. A intensidade dessa influenciação varia de caso para caso, fazendo com que o fenômeno possa ser classificado em três fases principais: obsessão simples, fascinação e subjugação.

N.B.: A subjugação é também, impropriamente, denominada possessão.

A obsessão se manifesta sobre uma pessoa sempre em consequência de sua imperfeição moral, com a qual atrai para perto de si Espíritos do mesmo nível de moral e que cultuam os mesmos sentimentos e pensamentos.

É a lei de afinidade exercendo seu efeito e fazendo com que Espíritos que se afinem com uma pessoa se aproximem e permaneçam ao seu lado enquanto ela alimentar seu cérebro e coração com os pensamentos e sentimentos que os atraíram.

Evidencia-se que, se a pessoa modificar para melhor ou pior o teor de seus pensamentos e sentimentos, modificará também seu ambiente espiritual, atraindo outros Espíritos, sempre de acordo com a lei de afinidade.

Em aulas anteriores estudamos que os Espíritos constituem a Humanidade desencarnada e que influenciam tanto os homens que, na verdade, pode-se dizer que são os Espíritos que dirigem os homens.

Por isso é importante a pessoa selecionar seus companheiros espirituais, o que consegue atraindo bons Espíritos, conquistando-lhes a simpatia por manter a mente ocupada com pensamentos bons e esforçar-se por progredir moralmente. Nestes casos, qualquer pessoa sempre será amparada e orientada por Espíritos bons.

Mas quando, também pela própria vontade, atrair para perto de si Espíritos maus, será influenciada por eles, candidatando-se a ser obsediada. E permanecerá ligada a esses Espíritos maus até decidir-se a iniciar a sua reforma moral, modificando seu ambiente espiritual, afastando os Espíritos maus e atraindo os bons.

Porém, não imaginemos que bastará ao obsediado pensar em progredir moralmente para ficar imediatamente livre dos obsessores, só por efeito da sua própria força de vontade.

Os Espíritos classificáveis como obsessores têm como objetivo, quase sempre, vingar-se do obsediado e, também, usarem-no como a um instrumento para levarem a cabo empreitadas às vezes sinistras contra alguém que não estão conseguindo atingir pessoalmente, pelo lado espiritual, porque essa pessoa tem defesas naturais, resultantes do seu procedimento correto e higiene mental.

Os obsessores também são seres humanos, inteligentes e com vontade própria. Conhecem profundamente o obsediado e sabem quais são os pontos fracos do seu caráter e o atacam, incentivando-lhe o desejo de satisfazer suas tendências menos dignas providenciando, inclusive, para que surjam as oportunidades de satisfazê-las. Visam, com isto, levá-lo a desistir da idéia de reformar-se moralmente.

E mais ainda, ao perceberem que o obsediado insiste no esforço de higienizar a mente, pensando somente coisas boas e que procura aproximar-se de pessoas ou templos religiosos que podem auxiliá-lo em seu propósito, ao sentirem que o obsediado está fugindo da sua influência passam a atacar, também, a todos que poderiam socorrê-lo.

É por isso que, no início do tratamento a um obsediado, para que se liberte da obsessão, é comum ele sentir que, ao iniciar o esforço de higienizar seus pensamentos, seus problemas aumentaram, ao invés de diminuírem.

O aparente aumento dos problemas é normal, no início, porque o obsediado precisa de algum tempo para conseguir sintonizar-se com os Espíritos bons que vierem socorrê-lo e que são os mesmos que o acompanham desde quando reencarnou na existência atual.

A libertação entre obsediados e obsessores sempre será conseguida, a curto, médio ou longo prazo e serão socorridos os dois - obsediado e obsessor, para que possam, livres dos elos de ódio, caminharem, por vontade própria, em direção a Deus.

Os problemas resultantes dos fenômenos da obsessão são complexos. Uma pessoa pode ser muito bem intencionada e afirmar a um obsediado que a sua obsessão terminará rapidamente. É confortador para o obsediado receber essa informação.

Mas, na verdade, dificilmente consegue-se, aqui na Terra, conhecer-se a verdadeira origem dos processos obsessivos, que podem ter se iniciado em reencarnações anteriores, num passado distante.

É também muito difícil, quase impossível, julgar, aqui na Terra, e determinar com justiça quem, num drama de obsessão, é vítima ou verdugo.

Para melhor entendimento do fenômeno da obsessão, apresentaremos nas próximas aulas alguns exemplos de causas que podem dar origem a obsessões.




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