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CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO

Parte 2 - Capítulo 23

Hipótese sobre a origem do corpo humano


Da semelhança que há, de formas exteriores, entre o corpo do homem e do macaco, concluíram alguns fisiologistas que o primeiro é apenas uma transformação do segundo. Nada há aí de impossível, nem o que, se assim for, afete a dignidade do homem.

Bem pode dar-se que corpos de macaco tenham servido de vestidura aos primeiros Espíritos humanos, forçosamente pouco adiantados, que viessem encarnar na Terra, sendo essa vestidura mais apropriada às suas necessidades e mais adequada ao exercício de suas faculdades do que o corpo de qualquer outro animal.

Em vez de fazer para o Espírito um invólucro especial, ele teria achado um já pronto. Vestiu-se da pele do macaco, sem deixar de ser Espírito humano, como o homem não raro se reveste da pele de certos animais, sem deixar de ser homem.

Fique aqui bem entendido que se trata de uma hipótese, de modo algum posta como princípio, mas apresentada apenas para mostrar que a origem do corpo em nada prejudica o Espírito, que é o ser principal e que a semelhança do corpo do homem com o do macaco não implica paridade entre o seu Espírito e o do macaco.

Admitida essa hipótese pode-se dizer que, sob a influência e por efeito da atividade intelectual do seu novo habitante, o envoltório se modificou, embelezou-se nas particularidades, conservando a forma geral do conjunto.

Melhorados os corpos, pela procriação se reproduziram nas mesmas condições, como sucede com as árvores em enxerto. Deram origem a uma espécie nova, que pouco a pouco se afastou do tipo primitivo, à proporção que o Espírito progrediu.

O Espírito macaco, que não foi aniquilado, continuou a procriar, para seu uso, corpos de macaco, do mesmo modo que o fruto da árvore silvestre reproduz árvores dessa espécie, e o Espírito humano procriou corpos de homem, variantes do primeiro molde em que ele se meteu. O tronco se bifurcou, produziu um ramo que, por sua vez, se tornou tronco.

Como na natureza não há transições bruscas, é provável que os primeiros homens aparecidos na Terra pouco diferissem do macaco pela forma exterior, e não muito também pela inteligência.

Em nossos dias ainda há selvagens que, pelo comprimento dos braços e dos pés e pela conformação da cabeça, têm tanta parecença com o macaco que só lhes falta ser peludos para ser completa a semelhança.



Referência bibliográfica:
A Gênese - capítulo XI - ítens 15 a 16




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